Selma Reis, a confirmação do novo talento femininoArtigo de Aramis Millarch originalmente publicado em 18 de agosto de 1991
No ano passado, entre as boas estréias fonográficas, esteve Selma Reis, fluminense de São Gonçalo, 33 anos, que ganhou de Mauro Dias, em "O Globo", um justo comentário: "a melhor voz das últimas duas décadas". Aldir Blanc, vozes. "A gente ouve Selma Reis e pensa no auditório da Rádio Nacional em dia de gala. Selma está linda, nos bastidores, aguardando a vez de cantar. Conversa com Dalva de Oliveira, Dircinha, Linda, e, é claro, Angela Maria".
Um ano depois, os elogios podem ser repetidos e o mesmo Aldir Blanc, em julho/91, escreveu sobre o segundo disco de Selma ("Só dói quando eu rio", Philips/Polygram): "Vejo em Selma a mesma singularidade de estrela de primeira grandeza: a capacidade de rir das vaidades humanas e de se condoer com o sofrimento que provocam, combinada com a inabalável determinação de quem sabe exatamente onde quer chegar - de quem, sem abrir mão da modéstia que esculpe o caráter, não está disposta a se desviar um milímetro do caminho que traçou pra si e que leva ao merecido estrelato".
Pensando no mercado internacional, a Polygram distribui um release com um texto especial, em inglês, de Gerald Seligman, falando das premiações e elogios que Selma mereceu em seu primeiro disco. Portanto, a responsabilidade de Tavito Carvalho e da própria Selma era grande: fazer um segundo elepê capaz de repetir a performance. O trabalho parecer ter sido bem concluído.
Começa pela seleção de compositores como Ivan Lins/Victor Martins ("Na Minha Terra" e "Nossa Calmaria"), Aldir Blanc ("Lua Doida", com Tavito; "Só Dói Quando eu Choro", como Moacyr Luz) e a versão do próprio Aldir de "Smoke Gets In Your Eyes", clássico de Jerome Kern/Otto Harbach.
"Luz", de Altay Veloso/Paulo Cesar Feita, que obteve o primeiro lugar no Acordes Cataratas - Festival Latino-Americano de Música, em Foz do Iguaçu (1º a 10 de junho de 91) foi maior do que a interpretação levada pelo próprio Altay em Foz do Iguaçu, no festival de cujo júri fizemos parte. Do mesmo Altay, é outra canção - "Bem-vindo amor" e de Fernando Adour/Ricardo Magno, "Porque o Amor Virá". Um momento de emoção e ternura é a regravação do clássico "De Papo Pro Ar" (Joubert de Carvalho Olegário Mariano), dedicada a dupla sertaneja Roberto e Manezinho, de Três Pontas, MG.
Ótimos instrumentistas, bons arranjos e participações especiais como do grupo Roupa Nova (em "Porque o Amor Virá"), Mauro Senise ("Só dois..."), Rafael Rabello ("Lua Doida") e Ivan Lins ("Na Minha Terra") valorizam este segundo lp de Selma, candidato a entrar nas "nominations" dos melhores do ano para a edição Sharp-91/92.
Um ano depois, os elogios podem ser repetidos e o mesmo Aldir Blanc, em julho/91, escreveu sobre o segundo disco de Selma ("Só dói quando eu rio", Philips/Polygram): "Vejo em Selma a mesma singularidade de estrela de primeira grandeza: a capacidade de rir das vaidades humanas e de se condoer com o sofrimento que provocam, combinada com a inabalável determinação de quem sabe exatamente onde quer chegar - de quem, sem abrir mão da modéstia que esculpe o caráter, não está disposta a se desviar um milímetro do caminho que traçou pra si e que leva ao merecido estrelato".
Pensando no mercado internacional, a Polygram distribui um release com um texto especial, em inglês, de Gerald Seligman, falando das premiações e elogios que Selma mereceu em seu primeiro disco. Portanto, a responsabilidade de Tavito Carvalho e da própria Selma era grande: fazer um segundo elepê capaz de repetir a performance. O trabalho parecer ter sido bem concluído.
Começa pela seleção de compositores como Ivan Lins/Victor Martins ("Na Minha Terra" e "Nossa Calmaria"), Aldir Blanc ("Lua Doida", com Tavito; "Só Dói Quando eu Choro", como Moacyr Luz) e a versão do próprio Aldir de "Smoke Gets In Your Eyes", clássico de Jerome Kern/Otto Harbach.
"Luz", de Altay Veloso/Paulo Cesar Feita, que obteve o primeiro lugar no Acordes Cataratas - Festival Latino-Americano de Música, em Foz do Iguaçu (1º a 10 de junho de 91) foi maior do que a interpretação levada pelo próprio Altay em Foz do Iguaçu, no festival de cujo júri fizemos parte. Do mesmo Altay, é outra canção - "Bem-vindo amor" e de Fernando Adour/Ricardo Magno, "Porque o Amor Virá". Um momento de emoção e ternura é a regravação do clássico "De Papo Pro Ar" (Joubert de Carvalho Olegário Mariano), dedicada a dupla sertaneja Roberto e Manezinho, de Três Pontas, MG.
Ótimos instrumentistas, bons arranjos e participações especiais como do grupo Roupa Nova (em "Porque o Amor Virá"), Mauro Senise ("Só dois..."), Rafael Rabello ("Lua Doida") e Ivan Lins ("Na Minha Terra") valorizam este segundo lp de Selma, candidato a entrar nas "nominations" dos melhores do ano para a edição Sharp-91/92.
LEGENDA FOTO - Selma Reis: ainda melhor do que no primeiro disco.
Texto de Aramis Millarch, publicado originalmente em:
Veiculo: Estado do Paraná
Caderno ou Suplemento: Almanaque
Coluna ou Seção: Música
Página: 4
Data: 18/08/1991
Veiculo: Estado do Paraná
Caderno ou Suplemento: Almanaque
Coluna ou Seção: Música
Página: 4
Data: 18/08/1991
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