Selma Reis canta (bem) Paulo César Pinheiro
Selma Reis correu riscos ao selecionar o repertório do CD em que canta somente músicas de Paulo César Pinheiro. Embora tenha preferido se escorar nos hits da obra do compositor, que guarda incontáveis inéditas no baú, a cantora optou por regravar músicas que já mereceram registros definitivos de colegas como Clara Nunes (1942 - 1983), Elis Regina (1945 - 1982) e Simone. E o fato é que Selma acertou: 'A Minha Homenagem ao Poeta da Voz' é CD excelente que repõe sua discografia em alto nível. Criados por músicos como o guitarrista Victor Biglione e o baterista Robertinho Silva, os arranjos renovam as músicas. Assim como as interpretações (personalíssimas) da cantora. O acerto fica evidente já em 'Banho de Manjericão' (1979), faixa que abre o disco com arranjo de percussão. Os vocais de Selma evocam a mãe África em sintonia com as crenças ancestrais relacionadas na letra mística. Robertinho Silva fez o arranjo, tocou as percussões e pôs vocais coerentes com o tom afro do tema.Música então associada somente a Simone, 'Cordilheiras' (1979) é valorizada pelo arranjo de Biglione que costura saborosa trama de violões e acordeom. 'Bolero de Satã' (1979) é veículo para a voz encorpada de Selma mergulhar em densa atmosfera emocional. Já 'Portela na Avenida' (1981) tem floreios operísticos em que a cantora explora a região aguda de sua voz grave. O samba foi gravado em duo com a mangueirense Beth Carvalho. 'As Forças da Natureza' (1977) conta com a voz de Diogo Nogueira. Entre a malícia malandra de 'Tô Voltando' (1979) e a leveza etérea de 'Viagem' (1973), a intérprete esboça registro suave de tom 'jazzy' em 'Bodas de Vidro' (1992). O poeta brilha na voz da grande cantora, feliz e ousada em sua volta à MPB.
Postado por: Mauro Ferreira às 09:12 :: Arquivado Comentário(0)
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Selma Reis correu riscos ao selecionar o repertório do CD em que canta somente músicas de Paulo César Pinheiro. Embora tenha preferido se escorar nos hits da obra do compositor, que guarda incontáveis inéditas no baú, a cantora optou por regravar músicas que já mereceram registros definitivos de colegas como Clara Nunes (1942 - 1983), Elis Regina (1945 - 1982) e Simone. E o fato é que Selma acertou: 'A Minha Homenagem ao Poeta da Voz' é CD excelente que repõe sua discografia em alto nível. Criados por músicos como o guitarrista Victor Biglione e o baterista Robertinho Silva, os arranjos renovam as músicas. Assim como as interpretações (personalíssimas) da cantora. O acerto fica evidente já em 'Banho de Manjericão' (1979), faixa que abre o disco com arranjo de percussão. Os vocais de Selma evocam a mãe África em sintonia com as crenças ancestrais relacionadas na letra mística. Robertinho Silva fez o arranjo, tocou as percussões e pôs vocais coerentes com o tom afro do tema.Música então associada somente a Simone, 'Cordilheiras' (1979) é valorizada pelo arranjo de Biglione que costura saborosa trama de violões e acordeom. 'Bolero de Satã' (1979) é veículo para a voz encorpada de Selma mergulhar em densa atmosfera emocional. Já 'Portela na Avenida' (1981) tem floreios operísticos em que a cantora explora a região aguda de sua voz grave. O samba foi gravado em duo com a mangueirense Beth Carvalho. 'As Forças da Natureza' (1977) conta com a voz de Diogo Nogueira. Entre a malícia malandra de 'Tô Voltando' (1979) e a leveza etérea de 'Viagem' (1973), a intérprete esboça registro suave de tom 'jazzy' em 'Bodas de Vidro' (1992). O poeta brilha na voz da grande cantora, feliz e ousada em sua volta à MPB.
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